sexta-feira, 23 de maio de 2014

8 (o primeiro em papel) o início trágico do fim de um Mundo

É certo que toda a futilidade e más experiências vividas por ti limitam a tua capacidade de abertura e tornam a tua crença em algo quase impossível porém, eu continuarei a escrever.
E se eu escrevo, se eu mantenho força para escrever é porque tu, de qualquer forma, me incentivas a fazê-lo, ainda que muitas das vezes, inconscientemente.
Encontrar 1001 formas diferentes de te descrever, de falar sobre ti e sobre o que sinto é, de longe, um desafio...torna-se fácil, na medida em que a complexidade de tudo isto, me dá prazer.
Escrever sobre ti/para ti é alimentar a minha alma e encontrar vida nesta vida tão puta!
Saber que me lês, saber que gostas de o fazer, ainda mais, saber que o queres fazer é, posso arriscar, quase semelhante ao que sinto quando te beijo.
Escrever é quase tão intenso quanto sentir os teus lábios rasgarem os meus devido ao sôfrego beijo que explode entre nós.
Somos almas sofridas, é verdade, mas felizmente, a vida ainda reside em nós e, ao contrário do Pessoa, não vemos a vida a passar, logo o tédio jamais fará parte do nosso íntimo.
Quer queiras quer não estas palavras que aqui surgem são verdade pura e crua, sem qualquer tratamento, sem qualquer revisão ou censura e, independentemente do rumo que as coisas tomem, devido à força da escrita, estas mesmas palavras, jamais serão apagadas pois, podem-se apagar textos inteiros, rasurar palavras, queimar toda uma biblioteca mas a história sempre ficará marcada para quem a viveu...para quem a leu...tanto na mente, como no íntimo de um ser...
Por isso escrevo e continuarei a escrever até que a puta das forças se vá, até que me queimem o meu interior, até que só restem as putas das cinzas e nem o meu peito tenha vida nem a minha líbido se faça sentir.
E o que escrevo será, sempre, para sempre, eterno. Jamais (jamais, adoro esta palavra) será esquecido que eu, Fábio Ferreira, estive, um dia, apaixonado e que isso, esse sentimento tão imaturo, tão irresponsável mas tão representante do que é o auge de uma vida, foi o melhor que eu poderia ter vivido.

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